Da equipe de Luz Para Mundos Remotos
Rio Colorado, Argentina
Hoje, no LUZ PARA MUNDOS REMOTOS , colocamos à apreciação do público o álbum AÑIL, de Beatriz Pichi Malén de 2004.
O álbum AÑIL nos mostra canções de origem mapuche interpretadas por Beatriz Pichi Malén, em voz, kultrum, pifilka e cascawillas.
Nestor Yencenella nos sintetizadores, yuyul, yuka, moxenio, guitarra espanhola, pifilka, kultrum e coros; Mario Gimenez nos backing vocals e percussão e Sergio Yencenella no baixo acústico.
As composições tocadas são:
Canción del pato
Verde primavera
Luna nueva
Canto sagrado de la flecha
Canción para un hijo en cuna
Tierra de los huesos de la gente
Caballo
Canción sagrada del guanaco
Acción de tocar las chuchucas
Fragmento de canto tehuelche
Canto a las ballenas
Canción sagrada del río
Soñé a mi Padre
Saltando
Canción de la fuerza
Canción sagrada de la laguna
Buscar hermano
Canción de despedida
Ela é tataraneta do chefe mapuche Ignacio Coliqueo, mas a evolução perversa da história fez com que Beatriz Pichi Malén aprendesse primeiro o inglês do que sua língua ancestral. Nascida em Los Toldos (cidade de Buenos Aires que já foi chamada de Los Toldos de Coliqueo e General Viamonte Los Toldos, onde nasceu Eva Perón), viveu boa parte de sua vida exilada de sua terra e de sua cultura. A rotina foi invertida há vinte e cinco anos, alterada pelo que um dos tios de Beatriz diagnosticou como o chamado do sangue. Esse chamado só agora foi traduzido em um CD, Plata, no qual conduz o canto Mapuche por um labirinto de sons cuidadosamente produzidos, que poderiam ser enquadrados na estética do Mundo Real. Mas Beatriz não é produzida por Peter Gabriel, mas sim pela gravadora Acqua Records, e não apresentará seu álbum de estreia em um festival de world music, mas sim no Buenos Aires Club del Vino, nos dias 6 e 7 de abril.
Na entrevista concedida à Página/12, a cantora mapuche reconhece o desenvolvimento atípico de sua vocação artística: “Quando eu era adolescente sentia que não queria acabar limpando a casa dos outros como minha mãe, e entrei na roda convencional que esta sociedade nos propõe "Comecei a aprender inglês, terminei a escola e consegui emprego na Ford, na Techint. Mas percebi que duas identidades coexistiam em mim. Eu era esquizofrênica... até que decidi encontrar minhas origens."
Domingo às 16h e quarta-feira às 20h.
Comments